Durante o DICE Awards 2025, os desenvolvedores de Helldivers 2 falaram sobre o futuro da campanha galáctica e como querem dar mais liberdade para a comunidade influenciar o rumo da guerra interplanetária — mesmo que o famigerado “Joel” destrua tudo depois.
A noite foi de celebração para a Arrowhead Studios no DICE Awards 2025. O shooter cooperativo Helldivers 2 levou quatro prêmios importantes, e isso deu ao diretor criativo Johan Pilestedt e ao diretor-adjunto Mauricio Redondo a chance de conversar com a imprensa sobre os planos futuros do estúdio.
Um dos principais assuntos foi o futuro da Campanha Galáctica, um dos sistemas mais marcantes de Helldivers 2. Ele conecta os jogadores em objetivos coletivos dinâmicos que moldam a guerra entre a Super Terra e seus inimigos — insetos gigantes e robôs assassinos que ameaçam a democracia gerenciada do universo do jogo. Tudo isso supervisionado por uma figura misteriosa: o “mestre do jogo” conhecido como Joel.
Um universo em constante movimento
Durante o evento, Pilestedt e Redondo revelaram que o sistema da campanha ainda tem muito espaço criativo para ser explorado. O objetivo da equipe é dar mais autonomia para a comunidade moldar a galáxia, com ferramentas que permitam decisões mais impactantes e estratégicas.
“A ideia é permitir que os jogadores construam seus próprios castelos de areia… e que o Joel venha destruir todos eles,” brincou Pilestedt.
Essa é a essência da campanha galáctica: unir jogadores em torno de escolhas e consequências. Em 2024, por exemplo, houve missões em que era preciso libertar um de dois planetas — salvar um garantiria minas antitanque para todos, enquanto o outro protegeria o “Hospital da Super Cidadã Anne para Crianças Muito Doentes” (sem recompensa no jogo). Os jogadores podiam coordenar-se por fora do jogo ou discordar… e perder os dois. No fim, a comunidade se uniu para salvar as crianças.
Joel e as peças no tabuleiro
Para criar mais momentos como esse, Redondo comentou que a equipe está trabalhando em novas “peças de xadrez” — mecânicas que os jogadores poderão mover no tabuleiro galáctico. Algumas delas permitirão até reagir às ações de Joel, o “vilão invisível” que manipula os rumos da guerra.
Apesar de não entrarem em detalhes (Pilestedt está em licença sabática e deixou temporariamente a direção do jogo), fica claro que a Arrowhead pretende expandir o modelo vivo de Helldivers 2, oferecendo mais profundidade e engajamento. E não só para os jogadores — o sucesso da fórmula serve também de inspiração para outros estúdios.